- Entendo que os pobres devam ter acesso à assistência jurídica integral e à defensoria pública da melhor qualidade. Foi a resposta do novo ministro do Supremo Tribunal Federal, advogado Luís Roberto Barroso, ao senador Luiz Henrique (PMDB-SC), durante quase sete horas de sabatina na Comissão de Constituição e Justiça para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria de Ayres Britto. Seu nome foi aprovado no plenário nesta quarta-feira.
Citando exemplo de Santa Catarina, Luiz Henrique sugeriu que as seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil deveriam credenciar profissionais para prestar assistência jurídica gratuita à população carente de todo o País.
O senador informou que ao governar o Estado por duas vezes teve oportunidade de interpretar à risca e aplicar o item 134 da Constituição Federal (artigo 5º, inciso 74), descentralizar e estender a todos os municípios assistência jurídica gratuita aos mais necessitados, mediante convênio com a OAB/SC.Citando exemplo de Santa Catarina, Luiz Henrique sugeriu que as seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil deveriam credenciar profissionais para prestar assistência jurídica gratuita à população carente de todo o País.
E lamentou que imposição do STF obrigou os Estados a criar defensorias públicas que centralizaram e limitaram aos grandes centros a assistência jurídica que poderia ser universal. Segundo o senador, a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite aparelhar as novas representações públicas nos pequenos e médios municípios.
Ao elogiar o novo ministro do STF como "uma das inteligências mais fulgurantes do País", Luiz Henrique sugeriu ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça que limitasse as perguntas dos parlamentares aos regimentais 10 minutos e submetesse a proposta ao plenário da CCJ para agilizar as cansativas sabatinas. "A democracia se faz com regras regimentais" lamentou o senador, que apesar da insistência não foi atendido.
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