sábado, 25 de maio de 2013

Nova tecnologia de reciclagem biodegradável (MPRN-5): Solução para verde para aterros sanitários e lixo dos mares

Santa Catarina poderá exportar para o mundo uma tecnologia inédita, barata e biodegradável que transforma todo o lixo da reciclagem convencional (resíduos, descartas e rejeitos jogados em aterros sanitários e nos mares) em um produto plástico com características de madeira de lei, estruturas, blocos e chapas para uso nas indústrias da construção civil e moveleira. Conhecida como MPRN5 – Movimento de Partículas de Rejeito Nível 5 – o invento poderá ser a solução para limpar o meio ambiente do planeta.

Impressionado com a fórmula inventada pelo catarinense Marcio Anderson Ribeiro, do município de Xaxim – solução verde para a falta de espaço nos lixões, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) entregou cópia do projeto ao senador Aloísio Nunes Ferreira (PSDB-SP), como subsídio à sua proposta ambiental de zerar as alíquotas do PIS/PASEP sobre a receita de venda de produtos que utilizem materiais plásticos reciclados.
Com o interesse do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, a quem Luiz Henrique e Marcio Ribeiro apresentaram o projeto, a intenção do pesquisador é implantar uma fábrica piloto em Joinville/SC, com recursos federais. Cada unidade em cidades com até 200 mil habitantes custará R$ 5 milhões e poderá produzir até 600 toneladas/mês de madeira plástica reciclada, de maior qualidade e durabilidade que as retiradas da natureza.
   
Há sete anos trabalhando no projeto, Marcio Ribeiro explicou que, diferentemente da reciclagem habitual de Pets, sacolas e plásticos, o processo que desenvolveu pode juntar todos os rejeitos e descartes ao mesmo tempo para produzir os bens duráveis, usando até mesmo 3% de material orgânico.

Ele disse que, além de seletivo, o processo usual recicla apenas dois por cento de plástico, enquanto o MPRN5 é polivalente: recicla cem por cento de restos misturados de todo tipo de lixo, menos metal. China e Rússia já se interessaram em importar a nova tecnologia. 

Por outro lado, ele explicou que a reciclagem verde não utiliza petróleo, não polui o ambiente, aumenta a vida útil dos aterros sanitários e industriais e retira da natureza os produtos descartados indiscriminadamente, muitos levando até 500 anos para se decompor. 

Outras vantagens do MPRN5: simplifica a mão-de-obra e a logística porque não exige separação do lixo para produzir os bens duráveis, reduz a demanda por novas licenças, colabora com a melhoria da qualidade da água e do solo, gera renda e crédito ambiental com o baixo custo e demanda infinita.  

Biodegradável e térmico, o processo preserva a integridade das moléculas e das fibras, agrega propriedades resistentes e reaproveita os principais agressores do meio ambiente descartados indiscriminadamente na natureza e nos oceanos.
Tudo é aproveitado: fitas adesivas, barbantes, fibras, clipes, arames, estopas, blisters, aluminizados, tampas de garrafas, frascos, lonas plásticas, copos descartáveis, isopor, nylon, pedaços de madeira, poliéster, luvas, borrachas de amarração, cola branca, areia, terra e até dejetos orgânicos), informou.

Sessenta por cento mais leve que o mármore e o granito e cinqüenta por cento mais leve que pisos cerâmicos, o pesquisador explicou que são infinitas as características dos produtos fabricados com a inédita tecnologia. E garante que, comparada às concorrentes, a madeira plástica de lei ganha em todos os quesitos. Além do baixo custo é superior em qualidade e tem fornecedores naturais: o lixo do lixo.

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