quinta-feira, 23 de maio de 2013

Comissões da Câmara dos Deputados debateram em seminário os desafios da aviação civil brasileira

A Câmara dos Deputados realizou nesta quarta-feira (22), o seminário que discutiu os desafios da aviação civil brasileira. O evento foi promovido pelas comissões de Fiscalização Financeira e Controle; de Turismo e Desporto; de Viação e Transportes; e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia.

A abertura do evento contou com as presenças dos presidentes das comissões promotoras, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wellington Moreira Franco; do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz e do diretor do departamento de pesquisas, estudos e políticas do Ministério do Turismo, José Francisco Sales.
O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, deputado Edinho Bez (PMDB-SC), destacou outros temas que foram abordados durante o seminário pelos expositores dos diversos painéis. "Nossa grande preocupação começa com a falta de investimentos na área da infraestrutura nacional, e não é diferente a situação dos aeroportos no País, hoje deixando muito a desejar”, desabafou o deputado.

Outro assunto que foi debatido, por inquietação das pessoas que assistiam o evento, foi às alterações frequentes dos valores das passagens. Que para o Secretário Executivo da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Guilherme Ramalho, disser uma vitória da livre concorrência e da liberdade, promovida pela política tarifaria implantada pelo governo, através da ANAC.

Passagens nas alturas

Segundo Edinho Bez, os representantes das empresas aéreas foram questionados também sobre as medidas que as companhias vêm adotando para diminuir os custos. "Hoje não se sabe quanto se paga em uma viagem. Se você viajar, por exemplo, de Brasília para Manaus, um dia é um preço, no outro dia é outro. Você nunca sabe."

O deputado afirma que algumas delas são questionáveis. "Se avaliarmos, em termos de segurança, uma empresa aérea não pode fazer economia em alguns pontos, como, por exemplo, a manutenção das aeronaves. Recebemos reclamações de que o piloto que conseguisse desligar uma turbina logo após a aterrissagem teria um prêmio porque iria economizar combustível e que esse dinheiro, todo ou parte disso, seria distribuído aos funcionários, à tripulação do avião. São coisas que estão chegando a nós e precisamos apurar."

Para o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz, também comentou sobre o preço das passagens, relatando que em 2012, 67% dos passageiros pagaram menos de R$ 300 e 15% pagaram menos de R$ 100. Ele observou que o setor ainda enfrenta desafios com altos custos, tecnologia e infraestrutura, o que encarece as viagens aéreas. O presidente da Infraero Aeroportos, Antonio Gustavo Matos, anunciou que no plano nacional de investimentos em aeroportos de pequeno e médio porte serão contemplados 270 municípios que irão receber voo regular e os investimentos são de aproximadamente R$ 7 bilhões.

O seminário foi realizado no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, das 9 às 18horas.

Por Antonio Jacinto Indio

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