terça-feira, 18 de junho de 2013

Energia Geotérmica

Os ânimos ainda estão alterados em Brasília por causa das discussões sobre os royalties do petróleo. Todos os dias, debates também são travados acerca de projetos hidrelétricos e termoelétricos no Brasil. O futuro da energia nuclear é motivo de divergências. E a produção de dióxido de carbono, derivado do carvão mineral, assusta a população. É desnecessário, portanto, dizer quão importante é encontrar alternativas para a produção de energia – e como o assunto está em evidência.

Contudo, pouco – ou nada – tem se falado a respeito de uma opção demasiadamente viável: a energia geotérmica, obtida a partir do calor proveniente do interior da terra.
Assim como o pré-sal criou uma nova realidade para o Brasil, a energia geotérmica vai seguir o mesmo caminho, pois nosso país pode se transformar em uma das maiores potências mundiais nesse tipo de energia limpa, segura, barata e renovável. O principal indicativo disso é a abundância de águas termais, boa parte delas ainda pouco utilizadas.

O processo básico consiste em captar o calor das camadas inferiores do solo e transformá-lo em energia elétrica. Obviamente, existem muitos detalhes técnicos a serem discutidos, assim como acontece com toda novidade energética, mas o mais importante é que estamos falando de algo sem riscos, constante, ambientalmente correto e com custos baixos.

Outros países, como a França, Japão e Islândia, estão retirando essa energia de profundidades de até 4 mil metros, e os dados preliminares indicam que, no Brasil, vários pontos podem gerar energia com apenas 300 ou 400 metros de perfuração, o que nos transforma em uma das principais referências do globo. A novidade colocará o Brasil em uma nova era de produção de energia, capaz de causar uma revolução no cenário energético e uma massiva geração de emprego e renda em regiões carentes de desenvolvimento.

Para acelerar os estudos sobre essa possibilidade, propus a criação de uma Frente Parlamentar que fomentará incentivos governamentais a especialistas neste assunto. Precisamos estimular universidades, empresas e grupos de pesquisa a se debruçarem sobre essa perspectiva.

É hora de aproveitar os holofotes do mundo sobre o Brasil e investir no novo. É hora, mais do que nunca, de arriscar, de inventar, de descobrir.

Deputado Federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC) dep.rogeriopeninhamendonca@camara.leg.br

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