quinta-feira, 23 de maio de 2013

Empresários participam de audiência pública no senado destinada a criar o marco regulatório das terras raras

O domínio das muitas potencialidades das Terras Raras - essenciais à nova era industrial, poderá conduzir o Brasil à 5ª economia do mundo até o final da década. É a opinião de especialistas, acatada pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC) - relator da Subcomissão Temporária da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, que volta a se reunir nesta 5ª (23), às 9h, com representantes do setor empresarial para debater a criação de um Marco Regulatório Mineral para o setor.

Luiz Henrique considera fundamental atrair empresas públicas e privadas para desenvolver uma cadeia produtiva para as Terras Raras. "A parceria será vital para expandir a exploração, a industrialização e agregar valor aos 17 elementos químicos - indispensáveis para compactar, reduzir o custo e tornar mais eficientes os produtos eletroeletrônicos, os carros híbridos e elétricos, a geração eólica, os geradores, os motores, entre outros," reconheceu o senador.
A meta brasileira é produzir 200 mil toneladas de Terras Raras nas próximas décadas - segundo os especialistas suficientes para tornar o Brasil autossuficiente e exportar produtos já industrializados para todo o mundo.

Atento ao estratégico, milionário e abundante filão brasileiro, Luiz Henrique pretende que o Marco Regulatório garanta segurança jurídica às empresas que investirem em pesquisa, extração e industrialização dos 17 elementos minerais.Ele voltou a advertir para a urgência de o País dominar todas as etapas do processo para voltar a liderar o mercado mundial, hoje concentrado na China. Para isso, considera vital a capacitação do setor empresarial. E alertou:

- O Brasil não pode mais uma vez cometer o erro das décadas de 30 a 50, quando virou mero exportador de matéria-prima radioativa e se recusou a dominar a "tecnologia nuclear".

A intenção é que as empresas trabalhem em parceria com o governo para identificar as jazidas nos 13 milhões de quilômetros quadrados brasileiros, transformá-las em lavras, depois em minas para exploração das Terras Raras e separação dos 17 elementos químicos - etapas da cadeia produtiva até a fabricação e a agregação de valor.

Para aprofundar os estudos de geodiversidade, o governo se articulará com as empresas, os centros de pesquisas e as universidades. Hoje, os 99 grupos com 396 especialistas trabalham em 221 linhas de pesquisas em Terras Raras, insuficientes para que o País volte a liderar o mercado.

Reunião - participarão da 2ª audiência pública representantes de algumas das principais empresas que já exploram Terras Raras: World Mineral Resouce (WMRSA), Vale do Rio Doce, Anglo American Brasil e Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Na 3ª audiência, marcada para 06 de junho, serão ouvidos mais seis especialistas do setor. Dia 13 de junho, a Subcomissão deverá ouvir prefeitos de municípios do RJ, MG, AM e GO - ricos em Terras Raras.

Da Assessoria

Um comentário:


  1. Gostaria que o povo da Região da Grande Florianópolis fosse informado da riqueza de suas TERRAS. Temos uma Presidente Engenheira, e pode estar nos enrolando, nos fazendo de bobos. Como filho de agricultor, estou percebendo a grande dificuldade que estão impondo ao AGRICULTOR quanto ao uso do solo. Eu sei que, se eu cortar um PINHEIRO, serrar, e plantar 10 (dez) em seu lugar, numa área maior, eu vou estar contribuindo, ordenadamente, para daqui há 40 anos. O resultado não é imediato. Parece que esses terrenos agrícolas que foram abandonados por seus proprietários estão sendo cobiçados pelos turistas, que querem abrir trilhas para chegarem até as águas, pois se acham donos, dizendo que se o rio é do ESTADo, é de todo mundo. Daí pode surgir conflito próximo, se não houver uma explicação sobre esta tendência, sobre o uso dos recursos hídricos. Parece que o turista está sendo direcionado para pensar assim. Temos que integrar o colono nos Comitês de gerenciamento dos Recursos Hídricos.





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