Liderados pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC), representantes das bancadas parlamentares de Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Bahia conseguiram o apoio do ministro da Agricultura, Antonio Andrade, para tentar barrar a intenção do governo brasileiro de importar banana do Equador. As próximas audiências serão com os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
Embora o Brasil seja o maior produtor e consumidor mundial de banana (29 kg ao ano por pessoa), o governo pressiona para reduzir o déficit da balança comercial com o Equador. A maior preocupação dos bananicultores é a desigualdade da produção: enquanto 95% da produção brasileira vem da agricultura familiar, de pequenas e médias propriedades de até 10 hectares, os equatorianos são apoiados por quatro grandes empresas norteamericanas.
Além de um salário um quarto menor e de oferecer a fruta a um preço bem inferior à brasileira, a política daquele país funciona como um verdadeiro dumping, difícil de competir com qualquer outro País, disseram os parlamentares e os bananicultores ao ministro da Agricultura.
Assim como Luiz Henrique, os demais passaram ao ministro toda a preocupação sobre os prejuízos que tal importação causará aos agricultores brasileiros, principalmente os de Santa Catarina cuja banana de clima subtropical, além de mais doce e de qualidade considerada superior, usa poucos agrotóxicos, se comparada à quantidade utilizada nas plantações equatorianas.
Luiz Henrique disse ao ministro da Agricultura que a produção catarinense poderá cair à metade se o governo insistir na importação. E avisou: lutaremos no Congresso Nacional para impedir que isso aconteça. Enquanto o Brasil possui 500 mil hectares de área plantada de bananas, a do Equador não passa de 200 mil hectares. A demanda é suficiente para abastecer todo o país, que registrou um excedente de quase 30% em 2012, informaram representantes do setor.
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