O ministro da Fazenda, Guido Mantega, debateu as perspectivas da
economia brasileira e ressaltou que o quadro econômico do País está
melhorando, apesar da crise internacional. O ministro participou de
audiência pública conjunta das Comissões de Fiscalização Financeira e
Controle (CFFC), de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio
(CDEIC), de Finanças e Tributação (CFT) e de Viação e Transportes (CVT),
nesta quarta-feira (26.6).
O ministro atendeu ao convite de cinco requerimentos que propuseram pedidos de esclarecimentos sobre o fraco desempenho da economia brasileira em 2012, quando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de apenas 0,9%.
Guido Mantega reconheceu o pífio desempenho, mas enfatizou que o quadro econômico dá sinais de crescimento em 2013. "Podemos ver o resultado do primeiro trimestre deste ano, quando tivemos um crescimento do PIB de 0,6%, porém, com o setor agropecuário crescendo 9,7%. A indústria teve crescimento negativo, mas por causa da indústria extrativista. A indústria de transformação teve resultado positivo. Os serviços cresceram 0,5%, e os investimentos aumentaram 4,6%”, destacou.
O Deputado Edinho Bez (PMDB-SC), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), lembrou ao ministro, que em visita oficial à Alemanha, onde teve diversas conversas com investidores, há certa insegurança por parte de quem quer investir no Brasil.
O deputado ressaltou que é quase cultural, por que no país muda-se regras econômicas em pleno curso de contratos. “As empresas que querem investir no Brasil, ficam atônitas com tanta burocracia e as legislações regem sobre um único produto. Exemplo: a telefonia fixa e móvel para resolverem os problemas relacionados à queda de sinal dos telefones deveriam instalar antenas, para não perdermos projetos, serviços, e nem dinheiro”, sugeriu o presidente da CFFC.
Edinho falou ao ministro que o país tem problemas sérios com as legislações municipais que emperram o crescimento econômico, no caso de leis em algumas cidades que proíbem instalações de antenas em diversas localidades, fazendo com que o sinal de telefonia não chegue a toda população. “Outro exemplo, é o da prefeitura de Porto Alegre que demora mais de um ano para aprovar a instalação de antena no município, com isso o povo fica sem uma melhor cobertura”, esclareceu o parlamentar.
Já o Deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), um dos autores de requerimentos convidando o ministro para audiência, afirmou que “nuvens turvas encobrem a economia nacional”. Em sua avaliação, a “realidade dita não corresponde àquela demonstrada nas ruas e nem nas análises dos especialistas de mercado”. Nas palavras de Mantega, a inflação está sob controle, os preços dos alimentos estão caindo e a dona de casa está vendo isso quando vai ao supermercado.
“Suas colocações estão completamente deslocadas da realidade. A credibilidade do país está em xeque e a sociedade está nas ruas aos milhões, o que mostra a insatisfação nacional, pois vivemos em um país onde não há investimentos em infraestrutura e que, quando se investe, investe mal”, rebateu Macris.
Mantega garantiu que o governo tem cortado gastos e investido mais. O ministro afirmou ainda que neste ano o país deve crescer com mais vigor. Mas, no ano passado, quando o PIB brasileiro avançou míseros 0,9%, as projeções do titular da Fazenda eram de que o avanço seria maior que 4%. Neste ano, o mercado tem reduzido as projeções. Segundo ele, o último Boletim Focus, o IPCA passou de 5,83% para 5,86% e o avanço do PIB caiu de 2,49% para 2,46% em 2013.
Crise mascarada - Para o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), membro da Comissão, os números apresentados pelo ministro, mascaram a crise na economia, nas contas públicas brasileira e no aumento recente da inflação. "Há quatro anos, a gente não consegue chegar ao alvo da meta. A gente sempre chega ao teto. O que me refiro é que essa inflação de 6,5% é muito maior para quem vive a economia real, o trabalhador."
De acordo com estimativa do mercado financeiro divulgada na segunda-feira (24) pelo Banco Central, a inflação em 2013 será de 5,86%, acima dos 5,84% registrados em 2012. O centro da meta do governo para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano é de 4,5%, podendo ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Segundo o ministro, o Brasil está preparado para enfrentar a crise financeira internacional. Ele destacou que a situação econômica mundial chegou a passar por uma melhora em 2010, mas, desde 2011, voltou a piorar.
Mantega ainda comparou os resultados brasileiros com os de outros países. “É um ano difícil para a economia internacional, em que vários países estão desacelerando seu crescimento, mas estamos conseguindo acelerar nosso crescimento e tivemos no primeiro trimestre crescimento igual ao dos Estados Unidos e superior ao do Chile, México, Reino Unido e Colômbia”, conclui o ministro.
Antonio Jacinto Índio
O ministro atendeu ao convite de cinco requerimentos que propuseram pedidos de esclarecimentos sobre o fraco desempenho da economia brasileira em 2012, quando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de apenas 0,9%.
Guido Mantega reconheceu o pífio desempenho, mas enfatizou que o quadro econômico dá sinais de crescimento em 2013. "Podemos ver o resultado do primeiro trimestre deste ano, quando tivemos um crescimento do PIB de 0,6%, porém, com o setor agropecuário crescendo 9,7%. A indústria teve crescimento negativo, mas por causa da indústria extrativista. A indústria de transformação teve resultado positivo. Os serviços cresceram 0,5%, e os investimentos aumentaram 4,6%”, destacou.
O Deputado Edinho Bez (PMDB-SC), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), lembrou ao ministro, que em visita oficial à Alemanha, onde teve diversas conversas com investidores, há certa insegurança por parte de quem quer investir no Brasil.
O deputado ressaltou que é quase cultural, por que no país muda-se regras econômicas em pleno curso de contratos. “As empresas que querem investir no Brasil, ficam atônitas com tanta burocracia e as legislações regem sobre um único produto. Exemplo: a telefonia fixa e móvel para resolverem os problemas relacionados à queda de sinal dos telefones deveriam instalar antenas, para não perdermos projetos, serviços, e nem dinheiro”, sugeriu o presidente da CFFC.
Edinho falou ao ministro que o país tem problemas sérios com as legislações municipais que emperram o crescimento econômico, no caso de leis em algumas cidades que proíbem instalações de antenas em diversas localidades, fazendo com que o sinal de telefonia não chegue a toda população. “Outro exemplo, é o da prefeitura de Porto Alegre que demora mais de um ano para aprovar a instalação de antena no município, com isso o povo fica sem uma melhor cobertura”, esclareceu o parlamentar.
Já o Deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), um dos autores de requerimentos convidando o ministro para audiência, afirmou que “nuvens turvas encobrem a economia nacional”. Em sua avaliação, a “realidade dita não corresponde àquela demonstrada nas ruas e nem nas análises dos especialistas de mercado”. Nas palavras de Mantega, a inflação está sob controle, os preços dos alimentos estão caindo e a dona de casa está vendo isso quando vai ao supermercado.
“Suas colocações estão completamente deslocadas da realidade. A credibilidade do país está em xeque e a sociedade está nas ruas aos milhões, o que mostra a insatisfação nacional, pois vivemos em um país onde não há investimentos em infraestrutura e que, quando se investe, investe mal”, rebateu Macris.
Mantega garantiu que o governo tem cortado gastos e investido mais. O ministro afirmou ainda que neste ano o país deve crescer com mais vigor. Mas, no ano passado, quando o PIB brasileiro avançou míseros 0,9%, as projeções do titular da Fazenda eram de que o avanço seria maior que 4%. Neste ano, o mercado tem reduzido as projeções. Segundo ele, o último Boletim Focus, o IPCA passou de 5,83% para 5,86% e o avanço do PIB caiu de 2,49% para 2,46% em 2013.
Crise mascarada - Para o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), membro da Comissão, os números apresentados pelo ministro, mascaram a crise na economia, nas contas públicas brasileira e no aumento recente da inflação. "Há quatro anos, a gente não consegue chegar ao alvo da meta. A gente sempre chega ao teto. O que me refiro é que essa inflação de 6,5% é muito maior para quem vive a economia real, o trabalhador."
De acordo com estimativa do mercado financeiro divulgada na segunda-feira (24) pelo Banco Central, a inflação em 2013 será de 5,86%, acima dos 5,84% registrados em 2012. O centro da meta do governo para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano é de 4,5%, podendo ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Segundo o ministro, o Brasil está preparado para enfrentar a crise financeira internacional. Ele destacou que a situação econômica mundial chegou a passar por uma melhora em 2010, mas, desde 2011, voltou a piorar.
Mantega ainda comparou os resultados brasileiros com os de outros países. “É um ano difícil para a economia internacional, em que vários países estão desacelerando seu crescimento, mas estamos conseguindo acelerar nosso crescimento e tivemos no primeiro trimestre crescimento igual ao dos Estados Unidos e superior ao do Chile, México, Reino Unido e Colômbia”, conclui o ministro.
Antonio Jacinto Índio
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