Santa Catarina poderá exportar para o mundo uma tecnologia inédita de reciclagem de qualquer tipo de rejeitos e descartes de lixo, transformando-os em produto com característica de madeira de lei resistente e durável. O aproveitamento polivalente e total do lixo já é usado em caráter experimental no município de Xaxim pelo catarinense Marcio Anderson Ribeiro, inventor do processo biodegradável desconhecido em outros países.
Por sugestão do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), o invento catarinense servirá de base para aprimorar o projeto em tramitação na Comissão de Meio Ambiente do Senado, que propõe reduzir a zero as alíquotas do PIS/PASEP sobre a receita de venda de produtos que utilizem apenas materiais plásticos reciclados.
Com o interesse do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, a quem Luiz Henrique e Marcio Ribeiro apresentaram o projeto, a intenção é implantar uma fábrica piloto no município de Joinville, com recursos federais. Cada unidade em cidades com até 200 mil habitantes custará cerca de R$ 5 milhões e poderá produzir até 600 toneladas/mês de madeira reciclada a partir dos rejeitos e descartes dos aterros sanitários.
Há sete anos trabalhando no invento, Marcio Ribeiro explicou que diferentemente da reciclagem habitual de Pets, sacolas e plásticos, o processo que desenvolveu pode juntar todos os rejeitos e descartes ao mesmo tempo para produzir a madeira, usando até mesmo 3% de material orgânico.
Como maiores vantagens de sua invenção, ele destacou que pioneira reciclagem biodegradável não utiliza petróleo, não polui o ambiente, aumenta a vida útil dos aterros sanitários e retira da natureza os produtos descartados, muitos levando até 500 anos para se decompor.
Ele explicou que além de seletivo, o processo usual recicla apenas dois por cento de plástico, enquanto seu método é polivalente: recicla cem por cento de restos misturados de lixo, menos metal. China e Rússia foram os primeiros países a se interessaram pelo modelo catarinense.
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