quarta-feira, 29 de maio de 2013

Luiz Henrique participa da sabatina de embaixadores do Cazaquistão, Dinamarca e Libéria e pede aproximação do Brasil

O senador Luiz Henrique, ao sabatinar os embaixadores da Libéria, no Cazaquistão e da Dinamarca, solicitou aos mesmos, empenho na aproximação do Brasil aos países onde desempenharão suas funções.
- Seria muito importante nas suas atuações que se promova uma missão industrial do Brasil nesses países e que o Brasil amplie sua presença comercial e institucional nesses países – solicitou o senador.

Em reunião na tarde desta terça-feira (28), a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou, em votação secreta, três indicações da Presidência da República para o cargo de embaixador do Brasil na Libéria, no Cazaquistão e na Dinamarca. Após sua aprovação pela CRE, terão que passar pelo crivo do Plenário.
Em respostas aos senadores, os três diplomatas prometeram empenho para acelerar e  ampliar a aproximação do Brasil aos países onde desempenharão suas funções. O embaixador Demétrio Bueno Carvalho exercerá o cargo de embaixador do Brasil no Cazaquistão, país da Ásia Central. Ele ocupará o cargo cumulativamente aos de embaixador no Turcomenistão e no Quirguistão.


Demétrio lembrou que o Cazaquistão conquistou independência em 1991, com o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Nono maior país em extensão territorial, o Cazaquistão não tem litoral e é um país multiétnico, informou o diplomata.

O diplomata disse que o Cazaquistão apresentou rápido crescimento econômico nos últimos anos, sendo um dos dez países que mais cresceram entre 1997 e 2007. Com grandes reservas de petróleo e gás, além de ser potência na produção de commodities metálicas (urânio, cobre, manganês, zinco, bauxita e entre outros), o Cazaquistão tem como principais parceiros comerciais a Rússia e a China.

Demétrio informou ainda que o governo do Cazaquistão apoia o Brasil em seu desejo de ser membro permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Já o diplomata Marcus Camacho de Vincenzi ocupará o posto de embaixador do Brasil na Dinamarca, acumulando o cargo com o de embaixador na Lituânia. Em sua explanação, Camacho lembrou que esta era a terceira vez que passava por sabatina no Senado, sendo as duas primeiras antes de ocupar as Embaixadas do Brasil na Colômbia e no Líbano.

Camacho disse que a Dinamarca é um país-membro da União Europeia desde 1974, embora seja uma das nações mais céticas em relação ao bloco, não aderindo à moeda comum (Euro), por exemplo. O embaixador disse ainda que a Dinamarca participou das duas intervenções militares internacionais no Golfo Pérsico e atualmente tem tropas no Iraque e no Afeganistão.

Camacho ressaltou a convergência de valores entre o Brasil e a Dinamarca no que se refere a temas de relações internacionais e acrescentou que aquele país apoia o interesse do Brasil em ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.

Por sua vez, o diplomata André Luiz Azevedo dos Santos chefiará a Embaixada do Brasil na Libéria, pequeno país da África Ocidental considerado um dos mais pobres do mundo.

Com apenas quatro milhões de habitantes, informou o diplomata, a Libéria tem território pouco maior que o estado de Pernambuco. Sua pauta de exportações é centrada em borracha e ferro, com participação tímida de madeira, café e cacau.

Azevedo informou também que a Libéria é comandada atualmente pela primeira mulher a chegar à presidência de um país do continente africano, a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2011 Ellen Johnson-Sirleaf. Como curiosidade, o embaixador lembrou que a Libéria foi o primeiro país africano a reconhecer a independência do Brasil.

A reunião da CRE foi conduzida pelo vice-presidente do colegiado, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

Por Leticia Maria Schlindwein 
Foto: Arthur Hugen

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